sábado, 28 de abril de 2012

Tema para Discussão: Cotas Raciais ou Sociais?

Caros amigos, procurarei falar sobre as cotas raciais e sociais. Tenho uma opinião desde adolescente que as cotas raciais são a maior prova de racismo de um Estado. O Brasil se diz contrário ao racismo, mas os senadores fizeram uma votação onde foram unânimes no 10 a 0, e como se fala: "A unanimidade sempre é burra". Houveram diversos casos onde pessoas se declararam negras, e tu olhava, onde está dizendo que tu é negro? Tu és mais branco que eu. Os próprios negros com quem converso e são muitos, são contra, pois para eles é uma forma de dizer que somos diferentes e não somos! Somos todos iguais, independente de cor, o que pode e realmente causa uma diferença muito grande são as questões sociais. É muito mais fácil para alguém que faz um cursinho, ter uma vaga na Universidade pública, e mais, quem é o pobre que pode parar de trabalhar apenas para estudar, que é o que acontece nas diversas faculdades federais pelo país, onde um aluno tem aula, pela manhã, tarde e noite, de acordo com o que querem. É justo, um negro ter direito a cota e um branco pobre, vizinho deste negro, que teve o mesmo acesso pedagógico-escolar, não? Não consigo enxergar apenas meu umbigo, tenho este defeito de defender a todos. Meus grandes amigos, na maioria foram negros, minha esposa é mestiça, assim como todo o povo brasileiro. Eu tenho sangue afro, mesmo descendendo de italianos e alemães, tem uma pequena parte genética de povos tuaregues. Se pegarmos a Daiane dos Santos ela tem os genes em percentuais assim distribuídos:
39,7% africana
40,8% européia
19,6% ameríndia
Ou seja, ela é mais européia do que africana, e como o Brasil é um país de miscigenação racial vai acontecer com quase todo o povo. 



Reuters







O país é continental, vieram imigrantes de todo o mundo, e por isso somos fortes. Segue trecho de texto do globo.com sobre um caso ridículo que aconteceu há pouco tempo.

Para UnB, um gêmeo é negro e o outro, não

Demétrio Weber - O Globo
BRASÍLIA - Primeira universidade federal a reservar vagas para negros, a Universidade de Brasília (UnB) vive um impasse. Os irmãos gêmeos Alex e Alan Teixeira da Cunha, de 18 anos, decidiram fazer o vestibular pelo sistema de cotas. Mas só a inscrição de Alan foi aceita. Para a banca encarregada de analisar fotos dos candidatos e decidir quem pode disputar vaga como cotista, Alex não é negro.
A decisão surpreendeu a família. Filhos de pai negro e mãe branca, Alan e Alex são gêmeos univitelinos, isso é, foram gerados a partir do mesmo óvulo. Eles contam que é comum serem confundidos. Alex quer fazer vestibular para nutrição e recorreu contra a decisão da banca. O resultado deverá sair até a próxima quarta-feira.
— Por que consideraram meu irmão negro e eu não? Não dá para saber quais são os critérios da UnB — diz Alex.
Este será o terceiro vestibular de Alex e Alan. Eles dizem que foram reprovados duas vezes e se inscreveram no sistema de cotas porque a nota de corte é mais baixa.
Alan, que pretende cursar educação física, é contra a reserva de vagas para negros. Ele acha que o critério deveria socioeconômico:
— Cor não significa nada, tudo depende da cabeça da pessoa. A cota deveria ser para a classe social mais baixa.
Desde 2004, a UnB reserva 20% das vagas dos cursos de graduação para estudantes que se declarem negros, independentemente da renda familiar ou de terem freqüentado escola pública ou particular. A análise das fotos visa a evitar fraudes. A UnB informou que o processo de inscrição no vestibular não está encerrado e que os recursos serão julgados. As provas serão em junho.

Como pode? E fora os malandros de plantão que se dizem negros para ter uma chance um pouco maior de conseguir entrar nas cotas. Como somos todos iguais, negros, brancos, índios, temos as mesmas chances de frequentar a escola, pois segundo a lei não pode haver criança fora da escola, devemos de ter todos as mesmas condições para entrar nas universidades públicas. Um grande abraço. Peço que comentem, discutam o assunto e teremos novidades em breve, pois este texto não acabará aqui.  

2 comentários:

  1. Ótimo texto, bom ver que não estou só, também acho que as cotas é que discriminam. Se tivermos uma educação pública de qualidade, todos poderão concorrer de igual pra igual.

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  2. Concordo totalmente com teu comentário. Já postei alguma coisa nesse sentido num outro Blog, não me lembro agora qual pois já faz tempo, foi logo que começou essa história de cotas.
    O problema é que quando os políticos dizem que vão olhar para o pobre, não estão procurando um solução para a pobreza, estão sim oferecendo um tipo de esmola em troca de votos, senão veja as últimas pesquisas de aceitação de governos nos últimos anos, onde após a criação de diversas "bolsas" os índices não baixam de 70%. Será que essa porcentagem realmente traduz a situação do Brasil? Eu acredito que não.
    Dizem que o desemprego caiu. Onde? Basta dar uma passada nos SINEs todas as manhãs, ir na agências de emprego e por ai vai.
    Só para ter uma ideia, um amigo meu que ficou desempregado foi encaminhar o seguro desemprego e teve que agendar para quase trinta dias depois. só para fazer o encaminhamento. Então analisemos: se SINE atende 6 horas por dia e a cada hora atende 5 pessoas (conforme está no caderno de agendamento da atendente) isto vai dar um total de 900 pessoas por mês, numa cidade de medio porte, ficando desempregada. Isto é diminuir o desemprego?
    Se o governo quer mesmo a igualdade das pessoas, deveria melhorar os estudos fundamentais, criar mais escolas técnicas (de graça, pois o pobre não tem dinheiro nem pra comer, fica dependendo das tais bolsas) e realmente incentivar a criação de empregos no Brasil. Como aumentar os empregos? Simples. Combata a corrupção que vai sobrar dinheiro para investir em obras e assim poder diminuir os impostos.
    Obrigado!

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