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terça-feira, 3 de julho de 2012

TEDxLaçador - Andres Fernandez - Grão de Areia.


Decidi postar este talk para vocês, pois sei que o Cristiano e a Dani estão passando aqui no blog algum material de espanhol. Então para que você possa ter um contato maior com a lingua, escolhi a apresentação do projeto Grãos de Areia.
Quero lembrar para vocês que existe acumulada uma grande quantidade de lixo no Oceano Pacifico, o tamanho da ilha de lixo hoje já é o dobro do tamanho do estado do Texas. Curtam o video e que a idéia de Andres inspire vocês para algum projeto. 
Então, hoje divido com vocês este talk sensacional de Andres Fernandez, publicitário e surfista e foi, por seis vezes, campeão nacional no Equador. Hoje é um freerider da Int Bilabong. 
Com vasta experiência no mercado criativo, Fernandez, que já foi premiado em festivais de publicidade como o de Cannes, procura melhorar a vida de crianças carentes através do surf. 
Seu projeto, "Granito de Arena", é desenvolvido em áreas costeiras do Equador.
Obrigado TEDxCuria!!


Sobre o TED e TEDx 
O TEDx é um programa de eventos locais e, organizados de forma independente, que reúnem pessoas para compartilharem uma experiência ao estilo TED. Em um evento TEDx, vídeos chamados de TEDTalks e palestrantes ao vivo se reúnem para acender uma profunda discussão e conexão em um pequeno grupo.
Os eventos TEDx são organizados de forma independente por entusiastas do TED e recebem o selo TEDx, no qual o "x" representa evento TED organizado de forma independente. O TED oferece um orientação geral para o programa TEDx, mas os eventos individuais são completamente auto-organizados.
O programa TEDx é uma extensão da missão do TED na promoção de "ideias que merecem ser espalhadas" -- e os eventos TEDx individuais são organizados com mesmo espírito.

Apresentação no TEDxLaçador - Maiores informações em http://www.tedxlacador.com/ .

Meu nome é Pablo Vidarte e estudo o mercado de negócios desde 1997, sou proprietário de uma consultoria de negócios web e presto serviços de consutoria independente de mercado e tecnologia. Quer saber mais sobre meu trabalho? Acesse aqui.
 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pelos alunos e pelos professores

Ok, admito que adoro o meu trabalho... Já trabalhei muito de graça e não meço esforços para ver as coisas funcionando na minha escola. Faço mais do que a minha parte e tenho orgulho em ver meu trabalho reconhecido. Acima de tudo, a minha vitória está na superação dos meus alunos e das situações enfrentadas na escola da qual faço parte.

Mas a qualidade do meu trabalho depende de um conjunto de fatores que estão além dos meus esforços individuais. Eu posso esgotar minhas possibilidades de atuação e ainda será pouco. O sistema de ensino público é um gigante que anda torto. As prioridades estão camufladas em políticas que fecham os olhos para os passos históricos da educação no Brasil. Os municipios dão continuidade a uma política nacional torpe que valoriza a farsa dos índices e fecha os olhos para a pobreza do ensino que estamos oferecendo para as futuras gerações.

Acompanhamos todos os dias os avanços políticos e econômicos do nosso país; comemoramos os barris de petróleo que virão e as cadeiras na ONU que teremos; aplaudimos a diminuição da miséria e o aumento da nossa classe média; nos emocionamos com o espaço na mídia internacional e as inovações que saem daqui...

Quando o crescimento brasileiro vai chegar na educação? Quando os profissionais deste setor tão importante para que tudo fosse conquistado vai ser reconhecido? Quando encontraremos os melhores profissionais nas escolas de educação básica, formando a população brasileira para o desenvolvimento integral de suas potencialidades?

Quanto falta para o discurso do "Professor por vocação" vai ser superado pelo "Professor profissional"? 

Eu estudei muito para ocupar o cargo que ocupo, tenho conhecimento e talento para oferecer o melhor aos meus alunos e faço um trabalho pedagógico de extrema qualidade.

Por isso sempre estarei na luta pelo direito do aluno por uma educação de qualidade e na luta por melhores condições de trabalho e salário digno aos professores de todo o país.

A seguir, faço das palavras de Juremir Machado a minha bandeira!



Salário de professor
Juremir Machado da Silva

Na boa, o que tem de safado e de charlatão neste mundo! Especialistas de araque, que enchem os bolsos dando pareceres sob encomenda, inventaram um argumento cretino para relativizar as demandas de professores por aumento de remuneração: salário não garante qualidade nem dobra o aprendizado dos alunos. É a sacanagem na milésima potência. Segundo o último Censo do IBGE, as carreiras de professor de ensino fundamental e médio continuam tendo as piores compensações salariais do Brasil em relação a todas as outras de profissionais com nível superior. Um professor de ensino fundamental ganha em média 59% do que recebe um outro trabalhador formado em universidade.
Salário é determinante. Pagar bem permite atrair os melhores. Ganhar bem possibilita atualizar-se, ir ao cinema, viajar, comprar livros, abrir horizontes, manter-se motivado, fazer cursos e tudo o que se sabe e vale para qualquer profissão. Vá dizer a um juiz que ganhar bem não dobra a qualidade das suas sentenças! Explique a um alto executivo que a qualidade da sua gestão não está diretamente relacionada aos seus ganhos. Convença um centroavante que fazer muitos ou poucos gols nada tem a ver com o que ele embolsa no final do mês. O Brasil mente em termos de educação. A hipocrisia corre solta. No fundo, a maioria acha que ser professor de ensino fundamental é barbada e, como exige muita gente, tem de pagar pouco mesmo. Se o cara quer ganhar mais, que vá estudar para ser juiz ou alto executivo de algum banco.
Minha função é abalar as crenças de alguns: salário é tudo. Só pode cobrar mérito quem paga decentemente. A questão dos salários dos professores no Brasil tem a ver com (baixo) poder de pressão, prioridades invertidas e péssima distribuição dos recursos públicos entre as diversas prestadoras de serviço. Em bom português, juízes, deputados, promotores e outros ganham muito, professores ganham pouco. É preciso mexer nessa pirâmide. Se o Brasil quiser dar um salto terá de colocar o professor em primeiro lugar. Isso passa por uma elevação substancial de salários. O ovo ou a galinha? Qualificar primeiro para aumentar os salários depois? Aumentar os salários é o caminho para a qualificação. Não se trata de uma relação mecânica, mas complementar. O resto é papo.
O "especialista" que pontifica sobre a relatividade dos salários na relação com o mérito deve realizar o mesmo trabalho, com a mesma convicção, pela metade do que ganha. É tudo lorota. Conversa para professor dormir em pé. Tem consultor pomposo que adora falar em fuga de cérebros. Obviamente para conter esses cérebros geniais é preciso oferecer-lhes salários atrativos. Algumas pistas, a partir dessa ideia, para entender professores: eles têm cérebro, muitos desses cérebros são brilhantes, como qualquer cérebro, o de professor quer ser estimulado e recompensado adequadamente pelo seu trabalho. Continuamos na política nacional da "enrolation": tentar convencer professor a dar tudo, ganhando pouco, por amor ao ofício. Não cola mais. Está na hora da virada. É grana no bolso.
Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

sábado, 19 de maio de 2012

Lilith ou Eva?



A história destas duas mulheres se entrelaçam na busca da compreensão da essência feminina, marcando a presença da mulher nas sociedades de todos os tempos. Retratadas de diferentes maneiras em textos sagrados e acadêmicos, ambas fazem parte do imaginário humano.
Tanto Lilith quanto Eva foram esposas de Adão. A primeira, criada também pelo barro, não aceitou nada menos do que uma posição de igualdade e fugiu em busca de sua liberdade. A segunda, criada para preencher o espaço que Lilith deixara, a partir da costela de Adão, aceitou o estigma de pecadora levando a mulher à posição de subserviência em relação ao homem.
Assim, Lilith representa o potencial feminino para a ação; a beleza sedutora que esbanja sexualidade; a liberdade de criar e pensar; a argumentação lógica e racional cheia de passionalidade; enfim, Lilith é a explosão. Já Eva, representa o potencial feminino para o cuidar; a compreensão das nuances da realidade; a interiorização das vontades do outro; a necessidade de confortar e afagar; a argumentação conciliadora; fazendo de Eva a introspecção.
Na história da humanidade, a mulher assumiu o mito de Eva, aceitando a culpa pelo pecado orginial que tirou toda a humanidade do paraíso, iniciando um ciclo de sofrimento e dor que vivemos até hoje. A mulher, portanto, foi colocada à margem do homem, em uma posição de coadjuvante. Mesmo com este passado socio-histórico, o feminino foi ganhando visibilidade nas sociedades contemporâneas, externalizando as características de Lilith.
Por muito tempo a dualidade feminina colocava estas duas mulheres em confronto. Por um lado a mulher-objeto: que seduz, confunde, amaldiçoa... por outro a mulher-mãe: que ampara, perdoa, protege... Duas forças em posições antagônicas que expressavam extremos desconcertantes. Era preciso escolher entre a santa ou a safada; a doce ou a vingativa; a frágil ou a machorra; a idiota ou a interesseira.
Já é tempo de colocarmos essas duas mulheres em um corpo só. Cada mulher tem o direito de escolher sua porção de Lilith e sua porção de Eva e quando vai colocar uma à frente da outra. As duas juntas formam a mulher ideal que povoa os sonhos utópicos de todos os homens, mas que poucos conseguiriam manter. Mas qual mulher consegue ser sexy, atenciosa, firme, compreensiva, lutadora e pacífica ao mesmo tempo?
A vida cotidiana tende a degradar as nossas belezas, minimizando o potencial de vida que possuimos. Cabe a cada um de nós encontrar ou construir as brechas que precisamos para vivenciar plenamente o que desenvolvemos de melhor e de pior. Só assim encontraremos a Lilith e a Eva que existem em cada uma de nós.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Seis Dias de Inverno Sozinho com a Morte



Um grito de lobo saiu da floresta próxima. Cães saltaram e começaram a latir freneticamente. O homem, com oito costelas e um quadril quebrado, mal podia se mover e simplesmente parou de ouvir atentamente os sons da noite de inverno, pensando quanto tempo mais ele agüentaria. No segundo dia ele estava deitado enterrado sob a neve. Bat-Ochir Oidov, 39-anos, pastor nômade da Tsenkher Mandal soum (condado) de Khentii, na Mongólia, província há cerca de 60 km de distância do centro de soum, invernada com os seus cavalos nos vales da gama Red Willow Mountain.

A pastores nômades cuidam de cavalos no inverno da Mongólia.
No dia 7 de janeiro de 2012 começou como de costume. Ele acordou de manhã, fez fogo em um fogão de metal para aquecer o gher (sua tenda murada), com muito frio durante a noite anterior.
Naquele dia, ele decidiu montar uma égua Kinky pouco jovem que não foi selado há mais de um ano. Só mais tarde soube o que é um erro caro que era. Quando Ochir Bat  estava perseguindo alguns entes perdidos, o cavalo abaixo dele escorregou e começou a rodopiar para baixo da encosta. Bat Ochir instintivamente mergulhou e tentou enfiar no pescoço do cavalo.
Quando o cavalo recuperou a seus pés e começou a galopar, ele se encontrava pendurado debaixo do cavalo, porque a sela virou de cabeça para baixo. Além disso, um pé dele ficou preso no estribo.
"A cada salto do cavalo, eu podia ouvir o som dos ossos de esmagamento ... um golpe casco mesmo pousou na minha cabeça. Eu tive sorte. Após alguns saltos tiras a sela finalmente arrancou e eu caí no chão ", lembra Bat Ochir, olhando distraidamente e longe em uma janela da enfermaria do hospital, mais uma vez lembrando momentos de terror e dor daquele dia.

Cavalos mongóis pastar durante todo o ano a céu aberto, mesmo no inverno.
"Eu não me lembro há quanto tempo eu estava deitado ali. Eu não tive a consciência realmente solta, mas quando eu vim a meus sentidos e tentou se levantar, eu vi o meu costado, minha  perna direita dobrados em ângulo agudo. Meu quadril foi quebrado. "
"Inicialmente, eu não senti nenhuma dor . Primeira coisa, eu coloquei minha perna quebrada em posição correta. Apesar da dor crescente, comecei a rastejar para arbustos de salgueiro. Lá encontrei duas varas e tentei levantar-me usando os paus para me apoiar. Cada etapa exigiu um esforço grande. Eu mal podia respirar com o meu peito queimando. Cada respiração resultou a explosão de dor excruciante ... "
Incapaz de andar, Bat Ochir tentou rastejar usando as mãos como alavancas. Ele estica as mãos, pega o solo e, em seguida, tentar puxar seu corpo. Não deu certo. Então ele tentou rolar, mas a dor no peito era demais para suportar. Ele conseguiu avançar cerca de 50 metros antes de desistir.
Ele continuou tentando por mais de 2 a 3 horas, mas finalmente acabou com qualquer teor pois viu que era  incapaz de se mexer. Ficou claro que ele não pode ir para casa por conta própria e teve que passar a noite na neve.
Bat Ochir usava de el, um casaco tradicional nômade com  algodão grosso de inverno e botas de couro com capas de pele. Mas essas roupas não eram boas para passar a noite fora, especialmente durante a -30 graus Celsius, naquela  noite fria de inverno. Ele teve que pensar em como sobreviver à noite.  Ele esperava que seu sobrinho, que foi visitar parentes na cidade de Baganuur, voltaria em breve para buscá-lo depois de não encontrá-lo em casa.
Com a montanha e vale abertos para os ventos, a camada de neve não era grossa o suficiente, a razão de ele escolher este lugar para pastagem de animais. Ele teve que recolher muita neve se para fazer uma caverna de neve.

O vento sopra em toda a largura trechos abertos da Ásia Central.
Demorou quase duas horas para rastrear e chegar ao local. Uma vez lá ele tirou dolorosamente lento seu casaco, espalhou a neve e, em seguida, rolou sobre ele. Tudo isto levou longo tempo. Após cada movimento que ele teve que pôr ainda está tentando pacificar as ondas de  dor pelo corpo todo.
"Eu estava correndo como as sombras se alongando e o frio da noite podia ser sentido. Eu abro o deel no chão, rolo sobre ele, e depois uso uma luva para embrulhar em torno da minha cintura, e cobrir meu corpo com a outra metade da pelagem. Em seguida, coloquei o nariz na manga do outro lado para permitir a respiração. "
"Meus três cachorros estavam circulando em torno de mim e a lamentar-se. Dois deles vieram e deitaram-se de lados, com o terceiro cão aninhado nas minhas pernas."
"À noite eu não conseguia dormir de dor, frio e medo de congelar vivo."
"Somente ao meio-dia seguinte, quando o sol aquecer o ar um pouco, eu poderia dormir por algumas horas. O despertar foi terrível. Meu corpo todo enrijeceu e sentiu-se como preenchido com chumbo. Eu não conseguia mover minhas mãos. A pelagem deel se transformou em uma armadura de metal, porque a neve derreteu em torno de calor do corpo e congelou. "
Para distrair dos pensamentos escuros, ele começou a pensar sobre o seu filho de 12 anos que veio da capital para passar férias com ele. Ele também pensou em seu pai com quem ele passou a maior parte da vida, cada um de seus nove irmãos e irmãs. Mais, ele estava pensando em sua família grande e alegre, mais ele queria viver. Ele estava ouvindo os sons do inverno, rachaduras galhos de árvores congeladas, distante choramingar de cavalo. Ele não conseguia pedir ajuda, reservando sua garganta para a necessidade real.
A segunda noite foi extremamente fria. Nessa noite a temperatura caiu bem abaixo de-36C, e que os cães novamente deitados ao lado dele a aquecer um pouco, ele não podia se conter, mas a tremer durante toda a noite de frio. Incapaz de dormir, ele tentou mexer os dedos todos, alongar os músculos do corpo. Foi a única maneira de não congelar vivo.
No terceiro dia, depois de circular por aí e se lamentar por um tempo, os cães o deixaram. Ele ficou sozinho. Ele sentiu muita sede, mas ele não se permitia comer neve porque se lembrou as palavras do pai para não comer neve no frio do inverno, pois só faz frio no interior. Ele levou apenas pequenos pedaços de neve para a boca de água e depois vomitar para fora.

"Quando eu coloquei lá, enterrado sob a neve, eu aprendi mais uma vez o quão precioso é a vida."
O tempo foi passando devagar. Já era quinto dia ele estava deitado enterrado na neve. Ele não conseguia dormir por causa do frio. Ele já não podia sentir seus pés, e sabia que eles ficaram congelados. Ele estava com fome e sede, e, além disso exausto de dor no peito constante. A paciência foi se esgotando e pensamentos de morte vinham com mais freqüência. A única esperança que as pessoas vão procurar por ele foi mantê-lo vivo.
O sobrinho voltou para casa apenas no quinto dia após o acidente.

"Nós chegamos muito tarde da noite e tivemos que esperar até de manhã para iniciar a pesquisa. Amigo de infância de Bat Ochir veio todo o caminho da cidade Baganuur quando ouviu a notícia ruim. De manhã fomos todos a pasto e se espalhou pelo vale, gritando seu nome. Tínhamos muito pouca esperança de que vamos encontrá-lo vivo, é simplesmente impossível sobreviver tais noites frias ", diz irmã Uranbilig.
Recorda Bat Ochir: "Eu não podia acreditar nos meus ouvidos quando eu ouvi as pessoas gritando atrás de uma colina. Eu continha a respiração e foi atentamente ouvindo. As vozes foram se aproximando, e quando eu vi silhuetas de pessoas que apareciam ao longo do topo da colina, eu comecei a gritar "He-ee-elp!"
"Mesmo quando o rosto do meu amigo íntimo Bujuunai se inclinou sobre mim, e limpou a neve do meu rosto perguntou:" Você está vivo? "Eu ainda não podia parar, mas a gritar" He-ee-elp! "
Quando ele foi extraído de neve, ele estava todo molhado, com a barba cresceu, completamente exausto, com noites de desidratação, dor e sem sono. Ele perdeu peso nos últimos seis dias, e quando os médicos do Hospital Traumatologia na capital viram, não podiam acreditar que ele sobreviveu seis dias no meio do inverno, ficar de fora e com tais lesões. Os médicos tiveram que amputar os dois pés congelados.
"Durante estes longos seis dias descobri mais uma vez o quão precioso é a vida. Eu sobrevivi apenas graças ao meu pai, agora eu entendo que cada palavra que ele estava me dizendo que era uma lição de vida. Isto é tudo culpa minha. Eu sabia que estribos são um pouco apertado para grossas botas de inverno. Eu sabia que o cavalo é crespo e não foi montado por um ano. Meu pai sempre me dizia para pensar antes de fazer qualquer coisa. Agora eu aprendi essa lição, mas na maneira mais difícil. "

Mesmo com os pés perdidos, sonhos Ochir Bat de roaming gratuito a cavalo em estepes.
Mesmo que os parentes insistindo para ele se deslocar para a cidade e ficar com eles, Bat Ochir não planeja mudar seu modo de vida. Ele quer voltar para sua montanha nativa dos Salgueiros vermelhos e ser um criador de cavalos como antes.
"Se eu puder subir a cavalo, eu posso lidar com o resto. E eu vou viver muito melhor do que antes, porque agora eu sei muito bem o que é uma alegria de estar vivo. "
PS Com os dois pés amputados, Bat Ochir agora precisa levantar cerca de EUA $ 15.000 para fazer membros artificiais

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Para uma nova "versão" da humanidade


Neste mundo pós-moderno, onde tudo está ao alcance do dinheiro e já vem pronto para consumo, perdemos o prazer de lutar nossas próprias batalhas, vencendo os desafios que nos fortificam. Nos acomodamos, e a anestesia que isto provoca nos cega diante da crise em que vivemos. Crise ambiental, mas crise de valores, crise de humanidade.
Estando cegos, não percebemos o momento como uma oportunidade de aprender e mudar o status quo. Nos esforçamos tão desesperadamente para mantermos nossa condição acomodada que reforçamos o erro de olhar somente para nossos umbigos esquecendo todo o verde que tem desmoronado ao nosso redor.
O potencial que temos para destruir também pode ser usado para reconstruir. Reformar nossa maneira de enxergar nossa condição dependente; Reestruturar nossa relação com o ambiente que nos supre; Reconhecer que precisamos muito mais da natureza do que ela de nós.
São muitos Rs, que só vivenciaremos quando aceitarmos que nada está bem e que a mudança depende de cada um de nós para acontecer. Este é o momento, esta crise é a desculpa que precisávamos para começar uma nova versão da humanidade.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

É difícil dizer NÃO, mas DIGA, se não quiseres perder um amigo!

Boa noite a todos amigos, desde criança tive medo de falar não para as pessoas, como se fosse perdê-las, e na verdade, é o contrário. Portanto dizer sim, quando muitas vezes devemos dizer não, até para não ferir uma pessoa querida. Acabei perdendo muitas pessoas de quem gostava. É triste, mas muitas pessoas se aproveitam da gente, do fato de sermos amigos, de ver-nos ajudando ao próximo. Porém não é assim, às vezes oferecemos algo que não podemos cumprir e acabamos magoando o outro. Como sempre procurei ajudar os outros, na adolescência fazia trabalhos sociais, o que segue até hoje. Sempre achei que não precisava mais do que sete camisetas, o resto tinha de ser doado, sete dias na semana, pra que mais? Mas tenho um grande defeito, procuro cumprir sempre com minhas promessas, sou franco, direto e exigente e por isso, acabo muitas vezes machucando o próximo. Quando me prometem algo e não cumprem, enlouqueço, mas para quem é amigo, vou avisando, mas ontem acabei brigando com um amigo, por causa de promessas feitas e pela 19ª vez, sendo feito de bobo. Se não tem como cumprir com algo, me fala, é melhor, não tem nenhum problema, amigos são para resolverem os problemas juntos. Mas me sinto usado, traído, parece que estão fugindo de nós e pior, me mente por que sabe que fico bravo. Hoje pela manhã me senti mal por causa de tudo isso, minha pressão foi a 17 por 12, passei literalmente mal, liguei para ele e pedi desculpas por ter me exaltado no dia anterior. Porém lhes digo, NUNCA DIGA QUE VAIS FAZER ALGO QUE NÃO PODES CUMPRIR, APENAS PARA SATISFAZER ALGUÉM, NÃO É BOM NEM A QUEM RECEBE A PROMESSA, NEM A QUEM FAZ. Abraços e até mais.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Depressão, pânico e exercícios - uma receita que está dando certo

Boa noite a todos, tenho usado alguns truques para me manipular e conseguir ao mesmo tempo lidar com as crises de pânico e emagrecer. Quase nunca sinto vontade de sair para caminhar, porque tenho medo de que terei uma crise de pânico no meio do caminho. O que faço? Saio de casa afirmando que vou andar só 5 minutos, quando chega os 5, digo que vou até 15, e assim acabo ganhando confiança e vou até 1 hora por dia. Comecei a fazer Taekondo e vou me manipulando. Estou cada dia mais confiante, quando acho que vou ter as crises, vou preparando aos poucos meus pensamentos e consigo ir, mesmo que sejam por pequenas etapas. Há dor todos os dias, sudoreses, falta de confiança, mas cada passo que damos, é um passo a mais na vida, é um passo a mais para confiar em mim mesmo, para poder viver. Tenho vivido 10 % como deveria, não consigo trabalhar, mas agora, com este blog, escrevo todos os dias, é muito proveitoso, é uma terapia. Todos os dias, penso em seguir, e há poucos, estava muito pra baixo, sem saber o que seguir, hoje ao menos consigo VIVER. Estou conseguindo a cada dia melhorar um pouquinho, procurando me conhecer cada momento um pouco mais, me ouço falando sozinho, procurando respostas, e hoje consigo encontrá-las muitas vezes nestas caminhadas. É um momento que penso, que faço reflexões, que me sinto feliz por conseguir caminhar, por conseguir acabar algo, o que sempre foi difícil para mim. Faculdade é a quinta que entro e nunca terminei, hoje, esta faculdade de espanhol eu terminarei com certeza, já estou na metade e contente. Estou procurando utilizar meu tempo fazendo coisas úteis, hoje fui capinar em uma escola da Roselândia, onde estou trabalhando com crianças carentes de 4º e 5º anos a língua espanhola. O que quero passar é que não desistam, tudo tem uma saída, não importa o que seja e lembrem-se só o que não tem volta é a morte e as palavras ao léu. Um abraço a todos e tenham uma boa noite.

A Terra do Espaço

Olhando lá de fora nem se vê as angústias, dores e metamorfoses que a vida ali dentro enfrenta dia após dia... Acima de tudo, a beleza nos acalma e nos traz a esperança de que devemos continuar lutando para manter este mundo vivo.


domingo, 8 de abril de 2012

Sonhos x Frustração

Toda música, filme ou livro tem uma história por trás. Da posição em que nos encontramos, observamos estas histórias e as relacionamos com a vida que vivemos ou que gostaríamos de viver. Independente das intenções do autor, paramos a nossa vida por um momento e nos permitimos viver junto com os personagens suas angústias, desejos e frustrações que nos remetem às nossas próprias angústias, desejos e frustrações. Assim, temos a possibilidade de deslocar o olhar que temos sobre nós mesmos.

Hoje vi um filme por acaso e acabei entrando nesse processo de auto-reflexão. "Foi apenas um sonho" (Sam Mendes, 2008) coloca em cena o casal de Titanic em um drama pequeno burguês que põe em cheque os princípios da vida da classe média. O filme é ambientado no subúrbio dos EUA durante os anos 50 e, subjacente às questões específicas, a história aborda a loucura, o papel da mulher, o trabalho e os sonhos que nos motivam por trás de tudo isso.

Daqui do meu lugar, vi uma história que fala sobre como reagimos quando percebemos que a vida que vivemos se encontra distante da vida que desejamos. Na juventude sonhamos com mais liberdade, nos alimentamos da possibilidade de buscarmos um objetivo, um desejo... A possibilidade de conquistarmos algo é força motriz que nos impulsiona para a vida, para o crescimento, para a transformação de uma ideia em realidade. Mas ao longo dos passos de nossa caminhada, vamos percebendo que os sonhos, mesmo quando podem ser vivenciados, estão sempre distantes de se tornarem concretos. Por um lado "chegar lá" não é um fim, pois estaremos sempre pensando no próximo passo, no próximo desejo; por outro lado, dentro da nossa loucura, formulamos desejos irrealizáveis, onde entramos em um processo contínuo de auto-sabotagem só para continuarmos com o prazer de desejar.

Até aí, tudo bem... observar os processos dos personagens, a lógica de suas decisões e o desenrolar relativamente previsível dos fatos apresentados. Mas e quando eu me desloco e passo a protagonizar o filme? quando eu sou aquela dona de casa infeliz que busca desesperadamente por um sentido para sua vida? E quando eu traço um plano que só é infalível na minha cabeça e me torno profundamente infeliz quando não dá certo?

Eu já vivi tudo isso! Me sinto assim nesse exato momento. Trago alguma frustração engolida em alguma parte da minha mente. E qual é o problema disso? será que nós devemos lutar para extirpar da nossa vida qualquer traço de frustração? Como conciliar os sonhos e a vida cotidiana? Todas questões relevantes e que, claro, não possuem uma resposta única. Nem tenho a pretensão de responde-las aqui.

O melhor em me permitir a refletir sobre lições já vividas com um filme qualquer é o mesmo de me permitir escrever sobre uma questão relativamente óbvia: o prazer em reafirmar pra mim mesma as crenças que garantiram minha sanidade até aqui; neste caso, que quanto mais aceitamos as nossas frustrações como parte da vida, mais rápido vamos nos livrar das armadilhas dos nossos desejos que escondem a beleza das pequenas vitórias do dia a dia.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Controle da situação

Eu gosto de planejar. Vivo meus dias sempre tentando antecipar os acontecimentos na tentativa de prever as reações dos envolvidos e minimizar as consequências de uma determinada situação desagradável.
Esta é uma característica útil para a minha profissão, pois é minha função estruturar o espaço pedagógico para que meus alunos aprendam cada vez mais, reduzindo os riscos possíveis do encontro de mais de 20 jovens, com suas características e dificuldades, em um sala de aula. Entretanto, esta também é uma característica que me deixa em estado de tensão constante. Parece que estou sempre me desviando das mazelas da vida, como se eu pudesse controlar não apenas a minha família e os meus alunos, mas também o mundo todo.

Bem, preciso dizer que estou um pouco cansada disso. As previsões catastróficas que povoam minha mente fértil se combinam com a necessidade que tenho de controlar os acontecimentos, isso gera uma estranha sensação de alívio quando as minhas previsões não se confirmam. É um ciclo extremamente viciante. Penso no pior; encontro as alternativas possíveis para esta situação; enfrento a situação sem medo; não acontece nada daquilo; e eu sinto como se esse processo tivesse evitado o pior.

Recentemente duas coisas mais ou menos graves aconteceram e que colocaram em discussão esse meu esquema para lidar com as situações do meu cotidiano.

Há 3 semanas eu fui fazer uma laqueadura tubária por vídeo, cirurgia ambulatória extremamente simples, e o médico achou um tumor benigno no meu ovário esquerdo e teve que remove-lo. Eu só fiquei sabendo que tinha um tumor depois que ele foi tirado, ou seja, não tive tempo de pensar que era um câncer, que eu teria que remodelar a minha vida para cura-lo, como eu ficaria sem cabelo ou qual seria o meu discurso de superação para as amigas. Nada, aquele tumor estava crescendo silencioso dentro de mim e eu seguia a minha vida independente dele. Ele foi arrancado, não deixou nenhuma sequela e eu posso continuar a viver a minha vida normalmente.

Nesta semana meu filho caçula acordou com a mão inchada, ele é alérgico a insetos e tinha feito uma trilha com a turma no dia anterior. Fui trabalhar e deixei que o meu marido levasse o menino ao médico. Em seguida ele me liga, dizendo que nosso filho teria que ser internado para cuidar de uma infecção agressiva na mão. Ao ver o meu filho segurando a mão machucada com a outra, reclamando que não queria injeção, que não queria perder a mão... por alguns segundo eu comecei a elaborar meu plano de ação... "e se ele perde a mão? o que eu vou ter que jazer para ajuda-lo a superar? o que eu vou dizer pra ele? como..." meu pensamento foi interrompido, eu precisava dizer alguma coisa pra ele, eu precisava reconforta-lo... eu precisava ser a mãe dele naquele minuto; não havia tempo para conjecturas, o momento era para ação, firmeza e amor. E foi o que eu fiz.

Nas duas situações, os desfechos foram positivos. Eu não tive um tumor maligno e meu filho já está com todas as funções preservadas na sua mão esquerda. Por isso fico me perguntando: Por que sempre sofro tanto por coisas que podem nunca acontecer? e se acontecessem, será que eu seguiriam meu planejamento?

A gente passa tanto tempo tentando constituir uma vida feliz, prazerosa e sem surpresas desagradáveis que deixa de aproveitar os pequenos prazeres da vida, que juntos constituem verdadeiramente a nossa felicidade.
Há tempos, me convenci de que o sofrimento é parte integrante da beleza de viver, pois um dia acaba e podemos aprender com ele. Mas acho que me viciei em sofrer, criando possibilidades catastróficas imaginárias que me deixavam com a falsa ideia de que a realidade pode ser controlada. Sofre é importante sim; aprender com os momentos pouco agradáveis da vida também. Mas não é em nada útil viver na expectativa de quem algo ruim vai acontecer e que vc tem que estar preparado pra isso. Primeiro porque isso não vai evitar o sofrimento e segundo porque só saberemos os instrumentos necessários para enfrentar uma situação quando ela realmente se apresentar diante de nós.

Por isso tudo, nesta páscoa, símbolo de transformações e vida, deixo um recado para quem quiser ler e principalmente para mim mesma:

A vida não pode ser controlada com previsões. Só saberemos as belezas e as dores que o futuro nos reserva enquanto continuarmos vivendo. Sempre encontraremos forças para lidar com tudo que surgir diante de nós, mas devemos guarda-las para o momento em que forem necessárias. Enquanto isso, vamos seguir nosso caminho acreditando que merecemos o melhor da vida, todos os dias.