A humanidade ocupa o planeta Terra há pouco tempo, se fossemos colocar toda a história do planeta em uma partida de futebol, o ser humano moderno só apareceria "aos 44 minutos e 59,8 segundos, apenas um quinto de segundo antes de o árbitro encerrar a partida" (Fronteira Espacial, Coleção Explorando o Ensino - MEC, NOGUEIRA,2009). Mas nos julgamos os primeiros, os únicos... e nessa nossa arrogância, apesar do pouco tempo de permanência nesta esfera de água, verde e rocha, nossa estadia já deixou um rastro de destruição.
No início, o ser humano nômade precisava acompanhar o ciclo da natureza para sobreviver. Apesar de modificar os ecossistemas por onde passava, a floresta era soberana, ditava onde e quando, e o ser humano precisava respeita-la e preserva-la se quisesse sobreviver.
Aos poucos o ser humano começou a colocar seu "telencéfalo altamente desenvolvido" (ver vídeo "Ilha das Flores") e seus polegares opositores para funcionar, inventando a agricultura e a pecuária. Passou a se fixar na terra e começou a destruir os ecossistemas da Terra, modificando significamente a natureza.
Com as necessidades básicas saciadas, o intelecto humano passou a inventar as mais diversas técnicas e os mais criativos objetos para potencializar o conforto das cidades que começavam a surgir. Nesse ponto, não havia mais espaço para a natureza, a humanidade se impôs à força destruindo tudo pelo caminho.
Nossa luta pela sobrevivência foi invadida pela fome da ganância e as consequências são cuspidas na nossa cara todos os dias. Pode não parecer sob o céu estrelado que contemplo em Ivoti-RS, mas silenciosamente (e nem tanto) o reflexo dos atos humanos comprometem a vida da própria humanidade.
Todos os dias, uma gota a mais dos nossos rios é poluída; uma molécula a mais do ar impregna nossos pulmões com monóxido de carbono (e outros tóxicos); um pedaço a mais de solo leva agrotóxicos para nossa alimentação; as florestas diminuem; a temperatura aumenta; o céu turva; um iceberg derrete; o lixo se acumula; a esperança some.
Hoje, enquanto professora, sou uma educadora ambiental e espero contribuir na povoação de um mundo mais consciente e sustentável. Que este dia 22 de abril seja, no futuro, um momento para celebrar nossas vitórias e não para lamentar nosso fracasso como seres vivos. Enquanto isso, a luta continua pois o Dia da Terra é todo dia!
Bom texto partindo do princípio que o meio ambiente sempre existiu e sempre existirá, nós como os únicos seres que raciocinamos que podemos não estar mais nele, num futuro próximo por necessidades básicas como ex-(água), A nossa evolução só depende de nós.
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