Todo ser humano que se preze vive em busca daquilo que o mesmo
entende por felicidade. Diante das diferentes dimensões que
assumimos em nossas vidas, temos a difícil tarefa de encontrar e
sustentar os caminhos que nos permitem desenvolver o melhor de nós
mesmos todos os dias. Muitas são as possibilidades que promovem o
nosso crescimento, porém dificilmente avançaremos nesta tarefa se
desprezarmos um horizonte onde exista o equilíbrio entre os prazeres
que prenchem a individualidade, as conquistas das nossas escolhas e a
vivência da comunhão com a nossa divindade expressa em pequenos
atos do dia a dia.
Nossa existência tem uma importância para os que nos rodeiam que
está além do que conseguimos mensurar. Todos os dias influenciamos
e somos influenciados por diversas pessoas, cada uma delas deixa sua
marca em nós ao mesmo tempo em que recebe um pouco da energia que
enviamos. Nesse sentido, carregar a responsabilidade por todas as
influências que emitimos ao longo de nossa caminhada diária,
independente da intenção que guiou nossos passos, é compreender
que a razão que nos justifica é menor do que a necessidade que o
outro tem daquilo que a nossa posição nos permite oferecer.
Vivemos, portanto, das trocas que realizamos no cotidiano. Nos
alimentamos pela convivência. Nesse jogo de oferecer e receber do
outro, podemos aprender a controlar os danos do que recebemos, mas
precisamos nos empenhar no desenvolvimento da arte de espalhar no
mundo somente o que facilite a boa convivência. Para minimizarmos os
efeitos do preconceito, da intolerância e da ignorância, é preciso
basear nossos pensamentos, palavras e ações na cordialidade, na
delicadeza, na ternura, no sorriso e principalmente no respeito.
Para a nossa realização é imperativa a consideração pelos
sentimentos dos outros, valorizando e estimulando os talentos e as
potências de todos que cruzarem nosso percurso. Que cada passo nosso
seja tal qual desejamos que sejam os passos do outro em nossa
direção, na medida em que superamos nossos maus hábitos e
construímos os tesouros que teremos para compartilhar.
E assim, seguindo a vida cientes de que tudo pode mudar em um
instante, vamos apurando nossa capacidade de perceber o caminho que
nos levará para a felicidade. Encontrados os caminhos, escolhamos os
passos que nos permitirem seguir com coerência e comprometimento as
curvas e desvios que surgirão. Na dança das nossas relações
cotidianas, no fim das contas, não precisamos sempre ter razão,
pois melhor mesmo é amar e ser feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário