Por R$ 15 milhões, São Paulo e Oscar encerram disputa e meia fica no Inter
Acordo foi selado em reunião realizada no início da tarde desta quarta-feira. Foi a maior negociação da história entre clubes do futebol brasileiro
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Oscar está disputando amistosos com a Seleção
Brasileira de Mano Menezes (Foto: Mowa Press)
Brasileira de Mano Menezes (Foto: Mowa Press)
Depois de dois anos e meio e muitos capítulos, acabou nesta quarta-feira a novela Oscar.
São Paulo e Internacional, após meses de negociação, chegaram um acordo
e bateram o martelo por R$ 15 milhões. Com isso, as duas partes saíram
satisfeitas. O Tricolor, que conseguiu um ótimo valor, a maior
negociação entre clubes brasileiros da história, saiu com a certeza de
que agiu certo durante todo o processo. Já o Colorado garante a
permanência de um jogador importantíssimo para o esquema do técnico
Dorival Júnior.
O acordo foi fechado depois que a papelada foi mandada no final da
semana passada para a Alemanha, onde Oscar estava com a Seleção. Ele e
seu empresário, Guiliano Bertolucci, concordaram com todas as cláusulas,
assinaram os documentos e tudo ficou resolvido. O diretor técnico do
Inter, Fernandão, que foi jogador do São Paulo, teve papel fundamental
no acordo, já que a relação entre as diretorias não era nada boa.
- Dentro da complexidade que era o caso, ficamos muito felizes com a
solução. Acabei de falar com o Oscar e ele está bastante agradecido à
diretoria do Internacional, que assumiu essa questão e resolveu da
melhor maneira possível. A partir de agora, ele terá cabeça para pensar
apenas em futebol - afirmou o advogado do meia, André Ribeiro.
O valor de R$ 15 milhões corresponde à multa rescisória do contrato do
atleta (estipulado em R$ 9,5 milhões), acrescido de juros e de uma
indenização pedida pelo clube do Morumbi por perdas e danos pelo período
de litígio. O meia, através de uma petição entregue nesta quarta-feira
pelos seus advogados ao Tribunal Superior do Trabalho, reconheceu que,
apesar do habeas corpus que o permite seguir atuando pelo Internacional,
sabia que, no futuro, o fato de ter dois contratos em vigência poderia
prejudicá-lo. Por isso, chegou-se a um acordo.
Entenda o caso
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no dia 18 de
dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela
diretoria tricolor a assinar por cinco anos, o que é proibido pela
Fifa, que permite renovações de, no máximo, três anos - quando o atleta é
formado pelo próprio clube. O meia ainda reclamou de estar com os
salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o
tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana
após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que
contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter
validade.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou € 3 milhões (R$ 7,2 milhões) por 50% dos seus direitos federativos.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou € 3 milhões (R$ 7,2 milhões) por 50% dos seus direitos federativos.
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O Tricolor, então, entrou com várias ações até que, no dia 8 de
fevereiro, em decisão da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, o atleta
voltou a ter vínculo com o time paulista.
Foi então que o Internacional se mobilizou e procurou o Tricolor para
tentar colocar um ponto final na questão. Os gaúchos fizeram duas
propostas: R$ 8 milhões e mais 10% dos direitos federativos ou R$ 10
milhões pela cessão de 100% dos direitos. Nenhuma das duas foi aceita
pelo clube do Morumbi que, em determinado momento, se manifestou e
estipulou o passe do atleta em R$ 17 milhões. No dia 27 de abril, Oscar
conseguiu um habeas corpus para que pudesse voltar a jogar, o que não
acontecia desde o dia 17 de março. O ministro Guilherme Caputo Bastos,
que concedeu o habeas corpus, realizou uma nova audiência de conciliação
e chegou-se então ao valor que agradou a todas as partes.
Fonte: www.globo.com
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