O processo de cooperativar anda muito em alta no mercado. Mas reunir
pessoas com a mesma função, talvez não seja a idéia inicial de um
cooperativismo perfeito.
Muitas pessoas buscam na forma de cooperativismo a visão perfeita de
modelo de administração. Diversas pessoas reunidas, com um objetivo em
comum, trabalhando como “donos do seu próprio nariz”. Mas será que este
pensamento está certo? Reunir pessoas com um objetivo comum nem sempre é
tão fácil assim. Podemos ver manifestações espontâneas que reunem uns e
desagradam outros, ou até mesmo que começam com um objetivo e finalizam
em outro.
Definir pontos e objetivos é a primeira fase do empreender
coletivamente. A pessoa interessada deverá “comprar a idéia inicial”. A
partir deste momento um segundo ponto deve ser analisado, o número
minimo de pessoas exigido para formar a cooperativa e a definição de
funções de cada um. Devemos pensar que teremos que ter um equilibrio
mais adequado possível, pois quanto mais pessoas, maior será a divisão
do bolo. Um número excessivo pode tornar o negócio inviável algumas
vezes, bem como em algum determinado setor que se vá atuar, pode ser que
seja necessário um número maior de pessoas.
Em uma cooperativa de produção, não adianta ter todos os membros
produtores, se você não tem quem irá administrar, vender, fazer o
marketing do seu produto. Pense sempre que você deverá ter profissionais
com as melhores condições em cada área. A cooperativa nada mais é que
uma empresa juridica, mesmo não sendo exatamente assim que a lei a
determina, é assim que você deve atuar para prosperar neste segmento.
Acredito que quando você decidiu por este meio de empreender, tenha
alguma noção do mercado em que vai atuar, isto facilita o caminho para o
desenvolvimento do projeto. Tenha sempre o objetivo em mente. Se você
não tem noção de como trabalhar desta maneira e neste mercado, procure
sempre se atualizar. A especialização em determinada área pode trazer
além de um melhor entendimento do processo para você realizar
determinada função, uma retorno maior coletivamente.
Devo lembrar que quando você é “dono do próprio nariz”, seu suor é o
seu retorno. E se nesse momento tiver que dar um conselho seria: Tome
muita água, senão você irá desidratar.
Não podemos esquecer do plano de negócios, aquele tradicional, ele
não deve ser descartado nesse tipo de empreendimento. Vale lembrar que
você ao montar uma cooperativa passa a ter diversos sócios. E agir de
forma clara e objetiva, seguindo os passos previamente estipulados, pode
evitar dores de cabeça futuras.
Eu sempre digo que um bom profissional trabalha para os outros como
trabalharia para sí próprio. Não acredito muito naqueles profissionais
que mostram que “casa de ferreiro o espeto é de pau”. Se ele for
dedicado, podemos até levar em conta que não sobre tempo para ele
produzir para sí, mas se for um profissional mediano, ou igual a outros
que você já tenha, descarte. Nestas horas que acho que Darwin tinha
razão, o mercado por sí só, e principalmente neste caso deve trabalhar
pela seleção. Assim só os melhores atuarão em prol do objetivo comum.
O associativismo cooperativista tem por fundamento o progresso social
da cooperação e do auxílio mútuo segundo o qual aqueles que se
encontram na mesma situação desvantajosa de competição conseguem, pela
soma de esforços, garantir a sobrevivência. Esta definição mostra que é
bem fundamentado o ideal. E tem suas vantagens também.
Podemos citar que este tipo de empreendimento pode ajudar a reduzir
custos, centralizar mão de obra comum, ajuda na troca de experiências
para solução de problemas, além que atuando na forma de pessoa juridica,
pode ganhar mais condições de prazo e preços, uma vez que a compra ou
contratação de algo se dará em prol de um número maior de pessoas ou
mercadorias, proporcionando a possibildiade de pexinxar preços. E não
tenha medo disto, pexinxar não tira pedaço e quem não pexinxa hoje perde
a chance de receber algumas vantagens para a concorrência. Ou você
pensa que seu concorrente não pexinxa?
Vale lembrar mais uma vez que seu poder de barganha aumenta a
possibilidade de você não só lutar pelo seu espaço, mas sim por um
espaço coletivo, de todos os seus sócios pertencentes a sua cooperativa.
Lembre-se sempre destas duas coisas, foco no objetivo comum da
cooperativa (consumo, crédito, serviço ou produção) e que você decidiu
pertencer a esta união de pessoas, justamente para somar esforços e
atingir objetivos comuns que beneficiem a todos.
Tive a chance de ver como atuam diretamente cooperativas desde 2004. E
constatei bem estes problemas relatados acima, bem como percebi as
vantagens da escolha deste tipo de empreendimento.
Meu nome é Pablo Vidarte e estudo o mercado de negócios desde 1997,
sou proprietário de uma consultoria de negócios web e presto serviços de
consutoria independente de mercado e tecnologia.