Tanque de flutuação garante relaxamento profundo
À primeira vista, a câmara de 1,12m de altura por 3,5 m
de comprimento causa certa claustrofobia. Pensar em se fechar dentro do
ambiente escuro, isolado acusticamente, com apenas 25 centímetros de
água salgada e relaxar parece impossível.
No entanto, aos poucos a experiência vai se tornando prazerosa, a
pessoa vai ganhando confiança e uma hora depois, quando um pequeno
tremor anuncia o fim da sessão, o corpo está totalmente relaxado.
Para encarar o tratamento no tanque de flutuação, é preciso uma
pequena preparação. Deve-se esvaziar a bexiga, tirar joias, relógios e
lentes de contato, tomar uma ducha para retirar a oleosidade da pele,
tampar os ouvidos com protetores auriculares e proteger arranhões ou
cortes com curativos de silicone. Homens não devem fazer a barba no dia
da flutuação, assim como as mulheres não devem se depilar.
Banho tomado, a pessoa fica sozinha na sala onde a câmara está
localizada, garantindo privacidade. Primeiro um pé vence a desconfiança,
seguido do outro. A porta pode ser deixada aberta, ou ainda
entre-aberta, uma boa opção para espantar a claustrofobia inicial. A
água morna, mantida a 35°C, temperatura semelhante a do corpo humano,
acalma. A impressão dos primeiros minutos é semelhante à de estar em uma
banheira. Mas conforme o tempo passa a flutuação fica mais natural,
braços, pernas e tronco vão se soltando e tomando conta do espaço e o
relaxamento vai se aprofundando.
A mistura de 600 litros de água com 350 quilos de sal Epson é
a responsável por garantir a sensação de falta de gravidade. A
concentração elevada também evita que a pele enrugue ou resseque.
A água vai acolhendo o corpo, que solta cada músculo, cada
articulação, encontrando a posição mais confortável, sem barreiras.
Dores esquecidas – ou até aquelas velhas conhecidas – vão ficando
suaves. A falta de estímulos permite que a mente também aproveite o
relaxamento. Há quem quase durma.
“A ausência de som, a pouca claridade e a falta de cheiros reduzem a função do
cérebro
, permitindo um descanso mais profundo”, explica Helena Liva, terapeuta holística e responsável por trazer o tanque ao país.
“Uma hora de flutuação é equivalente a quatro horas de sono”,
garante. Para Helena, a flutuação difere dos métodos convencionais, como
a massagem, pois permite também um relaxamento emocional.
A ideia de importar a terapia veio depois de uma viagem à Israel,
onde a terapeuta teve a oportunidade de se banhar no Mar Morto.
“Descobri que soldados israelenses utilizavam o dispositivo como tratamento para
insônia
, síndrome do pânico e trauma pós-guerra”, relata. Ela testou,
aprovou e importou. Atualmente existe apenas um tanque como esse no
Brasil, na Inner Fit, clínica de medicina complementar, em São Paulo. No
local, o tanque é utilizado no tratamento de atletas, como uma
fisioterapia, ou ainda contra a ansiedade e a depressão.
“Também temos resultados muito bons em gestantes após o terceiro mês”, garante Fábio Abreu, coordenador da Inner Fit.
Lincoln Lima, professor de educação física, experimentou a flutuação
um dia antes do casamento. “Eu estava muito tenso, enfrentando problemas
com a viagem de lua-de-mel. Saí leve. Estava até me achando mais
bonito”, relata.
Ele afirma que os benefícios perduraram pelos três dias posteriores. A insônia, que o deixava com olheiras, desapareceu.
“A qualidade do sono melhorou, sinto meu corpo mais relaxado. Hoje
faço duas vezes por mês”, diz. Cada sessão custa R$200, mas o preço pode
diminuir se a pessoa fechar um pacote.
Uma hora depois, quando a sessão termina, nem é preciso recomendar
calma. O efeito relaxante faz com que tudo seja realizado de forma
tranquila. A ducha após o tratamento ajuda a despertar o corpo, mas a
sensação de descanso permanece. Difícil mesmo é voltar à rotina.
Fonte: www.ig.com.br
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