por Victor Bianchin
Ao ingerir mais calorias do que as que são gastas nas atividades
diárias, a tendência é que o excesso seja armazenado como gordura
pelo organismo. Mas atenção: caloria – ou quilocaloria – não é uma
substância que vem dentro da comida, e sim uma unidade de medida de
energia. O valor calórico de um alimento serve, portanto, para indicar
quanta energia ele fornece para o corpo. Um ser humano precisa consumir
todo dia, em média, 30 calorias por quilo de seu peso. Se a pessoa
ingere mais calorias do que isso, o corpo estoca como gordura. Ao
ingerir menos calorias, o corpo emagrece, queimando essas reservas para
atender à necessidade diária de energia.
1. Os alimentos contêm três tipos de nutriente: carboidratos (comum
em pães e massas), proteínas (abundante nas carnes) e triglicerídeos
(óleos e gordura). Ao fim da digestão, o alimento é quebrado em
glicose (vinda dos carboidratos), aminoácidos (que formam as
proteínas) e ácidos graxos (vindos dos triglicerídeos)
2. O intestino delgado absorve os nutrientes para jogá-los na corrente
sanguínea. Ao entrar no fígado, os triglicerídeos voltam a ser
ácidos graxos. Lá dentro, são reprocessados para formar
lipoproteínas que voltam ao sangue para abastecer as células do corpo
todo
3. Se sobraM triglicerídeos, eles são absorvidos pelo tecido adiposo –
formado por 30 bilhões de células que armazenam gordura – por meio
das lipoproteínas. Esse tecido aparece sob a pele (gordura
subcutânea), ao redor dos órgãos (gordura visceral), na medula óssea
e no tecido do peito
4. A glicose, principal fonte de energia do corpo, é usada pelas
células ou armazenada como glicogênio no fígado e nos músculos. Se
for ingerida em excesso, porém, pode ser processada pelo fígado para
gerar mais triglicerídeos, que serão estocados, ou seja, gordura. A
gordura subcutânea se acumula em coxas, quadril e braço. A visceral –
que aumenta o risco de doença cardiovascular – é estocada na barriga
5. Os aminoácidos viajam pela corrente sanguínea e são usados pelas
células de todo o corpo para sintetizar proteínas e usá-las para
reconstituir várias estruturas, como o tecido muscular. O excesso é
eliminado pelos rins em forma de ureia, na urina
CONSULTORIA: Jacob Faintuch, clínico geral do
Hospital das Clínicas (SP); Rosana Radominski, presidente do
Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia; e Silvia Bertoncello, endocrinologista do Hospital São
Camilo (SP).
Fonte: mundoestranho.com.br
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