segunda-feira, 18 de junho de 2012

Como vender o próprio peixe? Está fazendo de maneira eficiente?

Por quantas vezes você já teve que vender o seu peixe? Na verdade todos os dias vendemos o nosso peixe. O mercado exige que toda a negociação seja uma venda do produto ou serviço que você é ou representa. E será que sabemos fazer da maneira mais eficiente?
Pois bem, eu acho que antes de fazer esta análise devemos entender de onde vem a expressão “vender o peixe”. Você certamente já frequentou feiras livres, destas onde se compram frutas, verduras, saboreia-se os melhores pastéis e lá no final encontramos a banca do japonês com aqueles peixes expostos. Pois bem, a expressão nasceu justamente nesse local, na banca do peixe.
Agora poderemos analisar como o “seu projeto” tem ligação com uma banca de feira.
O primeiro ponto é apresentar o produto e/ou serviço da melhor forma, já notou que existe um padrão para melhor visualização dos peixes na feira? E que eles estão sempre bem arrumados. Isto ocorre por uma preocupação do dono da banca, que se envolve diretamente na venda, pois a apresentação não deve ser delegada, exige o envolvimento direto, afinal você é que sabe como quer demonstrar seu produto e/ou serviço.
Devemos analisar também a localização, no caso da feira as bancas de peixe ficam nas extremidades, sendo o começo da feira ou o final, dependendo por onde o cliente chegue. E é por esse motivo que o vendedor vai direto ao ponto, sem enrolar. Ele tem pouco tempo para fisgar o cliente. É simplesmente o tempo de passagem do cliente em frente a banca. E qual o argumento que ele utiliza para a venda?
Ele não fica dizendo que seu produto é o melhor, simplesmente se limita a responder as perguntas da freguesia com a verdade sobre seu produto, deixando de forçar a barra.
Faça este exercício, perca cinco minutos em uma feira e analise. Chegamos a ver o vendedor dando dicas para solução de problemas, substituição de temperos e até maneiras de como deverá ser assado, cozido ou frito. E o mais interessante é que ao lembrar que pode ser frito, o vendedor ainda tem a chance de lembrar o cliente que a fritura faz mal para a saúde.
Isto vale para sua empresa, se puder deixe claro que existe um problema que precisa ser resolvido, e faça da sua ideia protagonista para resolver o problema. Se existirem pontos negativos, demonstre para quem ainda não sabe, preparar o caminho para enfrenta-los, assim pode-se “substituir os temperos” e trabalhar para um melhor resultado.
Você tem pouco tempo para vender sua idéia, se você não atraiu interesse nos primeiros cinco minutos, não será em cinquenta que venderá. Tenha em mente que você deve ter duas apresentações, uma rápida, para atrair o público, que seria uma maneira de explicar do que trata “seu projeto”, sendo sucinto mas atraente e a outra com mais tempo, para que, se questionado, possa expor “seu projeto” e argumentar seus pontos de vista.
Se ainda quiser um conselho, tenha uma introdução de impacto, que chame o público para prestar atenção e o motive para ficar até o final da sua apresentação. E no final, encerre com a mensagem objetiva, como diz o ditado, “um fechamento com chave de ouro”, pois nosso cérebro armazena os últimos momentos destacadamente. Aquele belo jogo de futebol que você assistiu e que no final fechou a pancadaria, certamente deixa aquela sensação de que poderia ter sido melhor, então evite.
Quando for apresentar algo saiba que, números, dados e gráficos existem somente para sustentar a mensagem principal. Não mostre os dados apenas porque “acha que terá impacto”. Apresente e demonstre o significado por trás dos dados e gráfico, estes sim são essenciais para a compreensão total do projeto.
Estas dicas podem levar “seu projeto’ para uma melhor apresentação trazendo por consequência melhores resultados. Achou válido?
* Esta foi uma sugestão de pauta solicitada por Felippe Antunes via e-mail.
Meu nome é Pablo Vidarte e estudo o mercado de negócios desde 1997, sou proprietário de uma consultoria de negócios web e presto serviços de consutoria independente de mercado e tecnologia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário