quinta-feira, 7 de junho de 2012

Mapa do genoma do feto pode ajudar a detectar até 3 mil doenças genéticas



Atuais testes de sangue pré-natais rastreiam apenas anormalidades congênitas específicas



Mapa do genoma do feto pode ajudar a detectar até 3 mil doenças genéticas Ricardo Chaves/Agencia RBS
Bebê pode ter variações genéticas não compartilhadas com os pais Foto: Ricardo Chaves / Agencia RBS
Um detalhado mapa do genoma de um feto, obtido através de uma amostra de sangue da mãe e da saliva do pai, poderá ajudar a identificar 3 mil doenças genéticas, conhecidas como desordens mendelianas, que afetam 1% dos recém-nascidos.
Estas incluem a doença de Huntington, a síndrome de Marfan, a retinoblastoma, a fibrose quística e uma forma de doença de Alzheimer. Os atuais testes de sangue pré-natais simplesmente rastreiam uma série de desordens genéticas e anormalidades congênitas específicas, como a Síndrome de Down.
O método, não invasivo, foi considerado mais seguro que a obtenção de líquido amniótico, processo usual para efetuar testes destinados a detectar problemas genéticos, como a presença de três cópias do cromossoma 21, responsável pela trisomia 21 ou Síndrome de Down. A sequência do genoma do feto permitirá detectar um maior número de variações genéticas de forma mais detalhada, explicaram os autores da pesquisa americana, publicada nessa quarta-feira pela revista Science Translational Medicine.
Apesar de estudos anteriores terem mostrado que o genoma do feto apenas podia ser obtido com sangue da mãe, a última pesquisa oferece uma visão mais precisa ao incorporar DNA materno e paterno. O resultado é uma visão mais clara das sutis variações no genoma do feto detalhada ao nível de "uma mudança da letra no DNA", conforme o estudo.
Um bebê pode ter variações genéticas não compartilhadas com nenhum de seus pais. Estas novas variações podem aparecer durante a formação do óvulo, do esperma ou perto da concepção. Dado que estas novas mutações originam uma proporção importante de problemas genéticos, descobri-las se torna essencial para estabelecer um diagnóstico genético completo, explicam os autores.
— Este trabalho abre a possibilidade de que possamos escanear o genoma completo do feto para buscar desordens monogênicas utilizando um simples teste não invasivo — afirma Jay Shandure, professor associado de ciências de genoma na Universidade de Washington.
No entanto, ele adverte que são necessários mais estudos para aproveitar totalmente o potencial e a capacidade desta nova técnica antes de colocá-la à disposição do público em geral.
— Apesar da predição não invasiva do genoma fetal ser agora tecnicamente possível, sua interpretação, inclusive para desordens mendelianas de um só gene, continuará sendo um grande desafio — completa.
www.clicrbs.com.br

Doca de 165 toneladas arrancada por tsunami no Japão em 2011 é achada nos EUA


Pedaço de cais de porto pesqueiro percorreu 8.050 quilômetros.
Doca continha uma placa indicando que ela pertencia ao porto de Misawa.


Uma doca de 20 metros de extensão e pesando 165 toneladas, rompida pelo tsunami do ano passado no Japão, foi encontrada no estado americano de Oregon.
Doca viajou por mais de 8 mil km e apareceu praia de Agate, ao sudoeste da cidade de Portland. (Foto: AFP) 
Doca viajou por mais de 8 mil km e apareceu praia de Agate, ao sudoeste da cidade de Portland. (Foto: AFP)
A doca atravessou uma distância de 8.050 km no Oceano Pacífico até ser avistada na praia de Agate, ao sudoeste da cidade de Portland.
A doca continha uma placa comemorativa que mostrou que ela vinha do porto pesqueiro de Misawa.
Testes de radiação se mostraram negativos, mas cientistas afirmam que espécies estranhas à região podem ter pegado ''carona'' junto com a doca.
Uma estrela do mar natural do Japão estava entre as espécies marinhas que ainda se agarravam à estrutura.
Docas desaparecidas
A polícia de Oregon foi convocada para impedir que pessoas subam na doca, que foi, em princípio, tomada por moradores como sendo uma embarcação.

Misawa perdeu quatro docas no terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão em 11 de março de 2011. Duas das docas permanecem desaparecidas.

Em abril, a Guarda Costeira dos Estados Unidos usou um canhão para afundar um navio não tripulado japonês encontrado à deriva em águas do estado do Alasca após ter sido deslocado cerca de 6.400 km em consequência do tsunami.
Cientistas japoneses estimam que cerca de 20 milhões de toneladas de detritos foram gerados pelo terremoto e pelo forte fluxo de água gerado pelo fenômeno. A maior parte desses detritos pode ter permanecido em terra, mas uma boa quantidade de destroços que foram arrastados para o mar teria afundado no oceano. Mas é possível que 1 milhão de detritos ainda estejam à deriva.
Cerca de 16 mil pessoas foram mortas pelo terremoto e pelo tsunami no Japão em 2011.
Fonte: www.globo.com

Graxaim congelado chama atenção em Getúlio Vargas

Biólogo acredita que animal congelou no frio da madrugada após morrer atropelado


Graxaim congelado chama atenção em Getúlio Vargas Marielise Ferreira/Agencia RBS
O graxaim às margens da rodovia chamou atenção pela posição curiosa 
Foto: Marielise Ferreira / Agencia
Um graxaim, espécie de cão silvestre que vive nas matas, chamou a atenção na manhã de quarta-feira, em Getúlio Vargas. Em pé, como se estivesse caminhando, ele estava congelado, depois de passar uma noite no frio intenso, cuja temperatura mínima foi 1 grau negativo.

Quem passava pela rodovia Erechim – Áurea (ERS-802) via, bem às margens da rodovia, o mamífero em pé. O corpo do animal não apresentava lesões aparentes, tinha a boca e olhos entreabertos. Depois de enfrentar uma noite fria e com a geada mais forte do ano, muita gente acreditou que o animal teria morrido congelado.

Várias teorias surgiram e houve até quem acreditasse numa brincadeira em que o animal tivesse sido congelado num freezer e largado em pé na rodovia.  Embora o animal não tenha sido examinado após a morte, especialistas acreditam que o graxaim tenha morrido antes de congelar.

O biólogo Paulo Hartmann, doutor em zoologia,  avalia que é muito improvável que o frio tenha sido a causa da morte do animal. Ele acredita que o graxaim tenha sido atropelado ao atravessar a rodovia e, com um ferimento interno e debilitado, ficou às margens da rodovia e depois de morto acabou congelando com o frio.

- Já encontramos outras carcaças de animais atropelados em situações semelhantes _ conta o biólogo. 

Fonte: www.clicrbs.com.br/zerohora

domingo, 3 de junho de 2012

garrafas PET viram jardins suspensos em escola do RS


Jardim suspenso feito com material reciclado enfeita escola 
em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul
Foto: Daniela Vieira Costa Menezes/vc repórter
Jardim suspenso feito com material reciclado enfeita escola em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Foto: Daniela Vieira Costa Menezes/vc repórter

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Garrafas PET, tesoura e tinta. É com este o material que a Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Quitéria, em Novo Hamburgo (RS), vem ampliando sua área verde e mudando o aspecto do colégio.
Foi com o objetivo de promover a sustentabilidade e mostrar a importância do meio ambiente para seus 42 alunos do quarto ano, que a professora Daniela Menezes iniciou o projeto. Preocupada com a questão ambiental, a pedagoga sempre inseriu conceitos de sustentabilidade em todas as disciplinas trabalhadas. Mas foi apenas agora que conseguiu desenvolver um projeto articulado, dividido em duas frentes, e que envolverá todo o ano letivo.
"No primeiro semestre estamos trabalhando a questão do lixo, da reciclagem e a importância das plantas para a vida. No segundo, daremos ênfase às relações entre as pessoas e ao que cada um pode fazer para ter um mundo melhor para viver", explica a professora.
Os resultados da primeira etapa do projeto já são visíveis tanto na estética da escola quanto no comportamento dos alunos. As garrafas PET que antes precisavam aguardar 400 anos para se transformarem, nas mãos dos alunos viraram jardins suspensos e canteiros que enfeitam todo o colégio. Aprendendo sustentabilidade os alunos se divertiram fazendo arte.
"É impressionante e bonito de ver a mudança no comportamento das crianças. É nesse momento que a gente nota como o projeto vale a pena. Todos estão envolvidos, os alunos de outras turmas também estão percebendo como a escola está mais colorida e, na sala de aula, não tem mais desperdício, até pedacinhos de papéis em branco são guardados em uma caixa para serem reaproveitados em outras atividades", conta.
A iniciativa da professora mostra que cada pequena promoção do verde é importante e relembra que transformar o mundo por meio da educação é possível.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Vênus passa na frente do Sol na terça-feira


Fenômeno, que só se repetirá em 2117, será observado como um pontinho sobre o Sol nos dias 5 e 6 de junho

Na próxima semana será possível ver um ponto passando lentamente sobre o Sol, em um raro trânsito de Vênus, quando o planeta passa entre a Terra e o Sol. Um evento tão raro, que o próximo só será observado em 2117.

É um evento tão único que escolas e museus ao redor do planeta estão preparando festas para acompanhar o fenômeno e os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional também estão planejando acompanhar o evento.
O trânsito começa nesta terça-feira (dia 5, às 18h09 no horário de Brasília) a oeste do Meridiano de Greenwich e na quarta-feira (6) a leste dele. Ele vai durar seis horas e 40 minutos e será visível do oeste do Pacífico ao leste da Ásia e leste da Austrália. Mas no Brasil, ele só será visto por habitantes do extremo oeste do país, durante o pôr-do-sol.
Observadores no Canadá, Estados Unidos, México, América Central e norte da América do Sul poderão ver o começo do espetáculo antes que o sol se ponha. Europa, Ásia ocidental e central, África ocidental e o leste da Austrália pegarão o fim, depois que o Sol nascer. A Nasa está planejando disponibilizar webcasts ao vivo.


“Qualquer silhueta no Sol é interessante. Ver Vênus é algo extremamente raro”, disse à AP o astrônomo Anthony Cook do Observatório Griffith.
Houve 53 trânsitos de Vênus entre 2000 a.C e 2004, o último registrado até agora. "Uma vez que ocorre um trânsito, lhe segue outro em exatamente oito anos menos dois dias, mas depois devem passar 105 anos e meio para que aconteça outro par de trânsitos separados por oito anos", disse à EFE Bob Berman, colunista da revista "Astronomy Magazine".

Passado e futuro

No passado, o trânsito de Vênus foi avistado por astrônomos como Galileu Galilei e James Cook. Cientistas dos séculos 6 e 7 observaram os trânsitos de Mercúrio e Vênus, os dois planetas "interiores", para medir a distância da Terra ao Sol em um esforço para calcular o tamanho de nosso Sistema Solar. O explorador James Cook observou um trânsito de Vênus no Tahiti no século 18.
No entanto, embora "já tenhamos esse número calculado, os trânsitos seguem sendo úteis", explicou em comunicado Frank Hill, do Observatório Solar dos EUA (NSO).



O último trânsito de Vênus neste século "nos ajudará a calibrar os diferentes instrumentos e na caça por planetas extra-solares com atmosferas", para aprender a avaliar outros sistemas solares em nossa busca por vida no universo.
O NSO utilizará seus telescópios no Arizona, Novo México, Califórnia, Havaí, Austrália e Índia para gravar esse momento com centenas de imagens que exibirá em tempo real em seu site.
Os telescópios do NSO tentarão obter medições complementares da estrutura da atmosfera de Vênus buscando os rastros espectrais produzidos pelas emissões de gás carbônico, abundantes na atmosfera de Vênus.
Com um grande encontro em Mauna Kea (Havaí), considerado o melhor ponto do planeta para ver o fenômeno, a Nasa retransmitirá o evento ao vivo em seu site e se conectará com analistas de seus centros assim como de 148 países de todo o mundo que realizarão atividades de acompanhamento.

(Com informações da EFE e AP)
Fonte: www.ibest.com.br 

Sharp mostra protótipo de tela de LCD com espessura de folha de papel


Com tecnologia que usa novos compostos químicos, empresa conseguiu reduzir espessura de telas de LCD e OLED usadas em smartphones

A Sharp anunciou um protótipo de telasde LCD e OLED com uma tecnologia que os torna tão finos quanto uma folha de papel, o IGZO LCD. A empresa utilizou a nova tecnologia de óxido de índio e zinco gálio (IGZO), que permite que se criem displays de LCD com pequenos e finos filmes transistores e excelente resolução.
Reprodução
Sharp mostra novas telas de LCD e OLED que poderão ser usadas em smartphones no futuro
A mesma tecnologia ainda pode ser empregada em displays de OLED, tornando-os extremamente finos e capazes de produzirem excelentes imagens.
O protótipo, se combinado com a tecnologia de foto-alinhamento UV2A*3, empregada nos televisores AQUOS da Sharp, pode proporcionar um menor consumo de energia elétrica. O foto-alinhamento proporciona a fabricação de telas grandes, mas que exibem imagens de alta qualidade.
As primeiras telas com a nova tecnologia possuem 4.9 polegadas e resolução de 720×1280 e uma versão de 6.1 polegadas com resolução de 2560×1600 já está sendo desenvolvida pela Sharp. No futuro, a empresa tem planos de criar displays flexíveis de 3.4 polegadas com resolução de 540×960 e painéis de OLED de 13.5 polegadas com resolução de 3840×2160 utilizando a tecnologia IGZO.
Os detalhes do novo projeto serão apresentados pela Sharp durante a SID Display Week Symposium 2012, que acontece no dia 5 de junho em Boston (EUA).

Mamífero descoberto há 20 anos ainda é mistério para cientistas



Primeiras provas de existência do saola datam de 1992. Foto: William Robichaud/WWF/Divulgação
 Primeiras provas de existência do saola datam de 1992
Foto: William Robichaud/WWF/Divulgação
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O saola, um mamífero parecido com o antílope que habita as selvas fronteiriças entre o Laos e o Vietnã, ainda é um mistério para a comunidade científica duas décadas após seu descobrimento. "É um animal extremamente reservado. Os cientistas ainda não puderam estudá-lo em estado selvagem apesar de habitarem em uma área reduzida e os capturados não conseguiram sobreviver", disse Nick Cox, diretor do Programa de Espécies do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) para a área do Grande Mekong, em um comunicado divulgado na última semana.
As primeiras provas de sua existência datam de 1992, quando um grupo de exploradores do WWF e do Ministério de Florestas vietnamita encontrou a ossada de um exemplar que não reconheceram na choça de um caçador local na reserva nacional de Vu Quang, no Vietnã, perto da fronteira com o Laos.
O crânio, estranhamente longo para as espécies conhecidas e com dois chifres longos e retos, representava a descoberta de um novo mamífero em mais de 50 anos, quando em 1937 os cientistas encontraram uma espécie de bovino selvagem nas selvas do norte do Camboja que batizaram como kouprey. Desde então pouco se avançou no conhecimento dos costumes e comportamentos deste escorregadio vertebrado de 90cm de altura e 100 kg, cujas primeiras imagens foram feitas em 1999 por uma câmara automática na região laosiana de Bolikhamxay.
Há dois anos nessa mesma região, localizada na parte central do Laos, conseguiram capturar com vida um exemplar que morreu em cativeiro alguns dias depois e antes que os especialistas pudessem examiná-lo. "Os cientistas não puderam calcular o número de saolas (que vivem em liberdade) devido às dificuldades para detectá-los. Se as coisas vão bem, pode haver cerca de 200, mas se vão mal sua população seria inferior a dez espécimes", declarou Sarah Bladen, chefe de comunicação do WWF para o Grande Mekong.
Os esforços para salvar o saola, classificado pelos conservacionistas como espécie "em risco crítico de extinção" redobraram desde que se confirmou no ano passado a extinção do rinoceronte-de-java no Vietnã pelas mãos de caçadores. As autoridades do Vietnã e do Laos estabeleceram, desde a descoberta do saola, uma rede de áreas protegidas e criaram algumas reservas naturais para proteger o habitat natural deste raro exemplar.
No entanto, a principal ameaça para sua sobrevivência e reprodução é a caça ilegal, embora seja assim de forma indireta porque o animal não faz parte do lucrativo negócio da venda ilegal ou da demanda da medicina tradicional chinesa. "Apesar de sua raridade, o saola é um dos poucos vertebrados da Annamita (cordilheira montanhosa que se estende por Laos, Vietnã e Camboja) sem um alto preço no mercado negro, e só é capturado pelos caçadores de maneira acidental", declarou William Robichaud, coordenador do grupo de trabalho para a proteção desta espécie.
Nas últimas décadas, a exploração das recônditas selvas do Vietnã e do Laos permitiu descobrir um bom número de animais e plantas até então desconhecidos. Apenas em 2010, especialistas de WWF percorreram os diferentes ecossistemas que enriquecem o delta do Mekong e descobriram 208 novas espécies, entre elas cinco plantas carnívoras e um macaco sem nariz. "O saola completou o 20º aniversário de seu descobrimento, mas não haverá mais comemorações a menos que se tomem medidas urgentes para sua proteção", concluiu Chris Hallam, da organização WCS-Laos.